memória

segunda-feira, 5 de abril de 2010


chego da rua e encontro meu quarto solitário. mais um dia dentre tantos. deitado na cama e relaxado pelo alcool da rua ingrata e suja, encontro com os olhos uma meia de seda dela jogada sobre uma caixa de papelão com alguns pertences que eu ainda tenho que devolver. a solidão do quarto vazio não impede que minhas lembranças ainda recentes voltem à tona. muito menos consegue reter a ereção entre minhas pernas que essas lembranças me causam, e de repente me vejo deitado aqui já de calças arriadas aos joelhos, com a mão vigorosa que empunha a rola em riste e que a masturba com essa suave firmeza. era com essa mesma suavidade rispida que eu me exibia a ela sem nenhum pudor. então ela me pedia, cheia de desejo e deitada convidativa nessa cama, que eu batesse uma punheta pra que ela ficasse olhando: eu completamente nu, de joelhos sobre a cama e mantendo uma distancia provocativa, me colocava esguio a punhetar a pica dura para sua satisfação visual. ela gostava de ver. eu gostava de ser visto. e o ato sexual por vezes se completava simplesmente assim: um se exibindo e outro observando. é obvio que a tentação avançava de acordo com a provocação visual, com o calor dos corpos, com os cheiros sexuais. e quando ela se cansava de massagear o clitóris com a mão enfiada dentro da calcinha toda molhada, se colocava de quatro e abocanhava meu pau com ferocidade inigualavel, com a urgencia de uma viciada transtornada pela devassidão daquele exibicionismo, pela simples vontade de sentir na boca a quentura e a rigidez daquele membro que ela venerava, senti-lo alcançar o fundo da sua garganta e arrancar-lhe o folego por alguns segundos, enchendo a boca de saliva grossa e os olhos dagua. também me arrancava gemidos magnificos, diga-se de passagem.

magnifico também era quando ela resolvia tomar o controle da situação, invertendo esse jogo de gato e rato e me empurrando o peito com a mão, me deixando jogado à cama, a sua mercê. ela, então inteiramente nua - ou usando meias 7/8 ou de botas longas e rudes, variações que me botavam a espumar de tesão como um cão - se punha de pé acima de mim, com as pernas estendidas e abertas no alto do meu rosto. uma visão perturbadora, de tão provocativa que era: do meu ponto de vista ela parecia imponente, uma mulher de 30 metros de altura, me oferecendo aquela buceta lisa e macia a um ponto inalcançavel pra mim. então, depois de instantes nessa altividade, esfregando e estapeando a propria xoxota, ela lentamente se abaixava em direção ao meu rosto, eu vendo aquela buceta se aproximando do alto do céu, como um presente de deus, e ela me entregava toda aquele sexo mortificante, pressionando com o peso de seu corpo ao maximo que minha face aguentava, cobrindo por completo minha boca e nariz, a lingua penetrada tentando abrir caminho pela carne macia e molhada. ela me olhava nessa posição, minha boca e nariz como seus brinquedos de satisfação, e se punha a esfregar com força, hora forçando minha lingua lhe adentrar a racha, hora meu nariz em seu clitoris e a lingua deslizando segredos de liquidificador em seu rabo. olhava pra trás pra se certificar da dureza intocada do meu membro, que ja a essa altura estava a explodir. manipulava-o levemente, dava-lhe tapas suaves. voltava o rosto pra meu ato oral com aquela cara de putinha que só ela sabia fazer sobre a cama: impossivel tentar esquecer de um olhar assim, devorador.

a esse ponto, quase ao gozo, saia de cima do meu rosto e caminhava de ré se arrastando pelo meu corpo, procurando a pica com os labios vaginais, até o encaixe completo do cacete em sua xota. bastava meia duzia de bombadas nessa situação pra que ela se derretesse em gozo, e pra mim era o suficiente pra que eu tambem atingisse aquele orgasmo flutuante, daqueles que tudo fica dormente, como mergulhado num tambor de morfina. voltava a vida minutos depois como se aplicado um desfibrilador no peito. eu gozo ao pensar nesses momentos. sempre gozo. gozo ao lembrar desses dias passados, e gozo mais ainda prevendo os dias que ela entrará por essa porta e sentará novamente sobre mim, sobre meus lábios, e com todo esse fogo transformará minha lingua em seu brinquedo de gozar novamente.

e ela entrará por essa porta. ahhhh, entrará...

1 sussurros:

Marcelo Mayer disse...

literalmente suando nela... e ela te (personagem) fazendo um rato.

 
*eu vejo em vermelho* - by Templates para novo blogger